O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10). É a primeira variação negativa de 2025 e a mais intensa desde setembro de 2022, quando houve queda de 0,29%.
O resultado foi puxado pela redução de 4,21% nas tarifas de energia elétrica, efeito do “Bônus de Itaipu”, que barateou temporariamente as contas de 80,8 milhões de consumidores.
Com isso, a inflação acumulada em 12 meses desacelerou de 5,23% em julho para 5,13% em agosto, ainda acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%.
Além da energia, também contribuíram para o recuo os grupos alimentação e bebidas (-0,46%) e transportes (-0,27%). Itens como tomate (-13,39%), batata (-8,59%) e arroz (-2,61%) tiveram quedas expressivas, assim como gasolina (-0,94%), etanol (-0,82%) e passagens aéreas (-2,44%).
Apesar da deflação, 57% dos produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços. Entre os maiores aumentos, destacam-se educação (+0,75%), vestuário (+0,72%) e saúde e cuidados pessoais (+0,54%).
TV Cultura