Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 45.511 atendimentos em prontos-socorros relacionados a envenenamentos que evoluíram para internação, alguns deles resultando em óbito.
De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), na segunda-feira (8), além dos envenenamentos acidentais e de origem indeterminada, cerca de 3.461 pacientes internados sofreram intoxicação proposital, causada por terceiros.
A associação aponta que os envenenamentos relacionados a drogas, medicamentos e substâncias biológicas não especificadas (6.407 casos), produtos químicos não especificados (6.556) e substâncias químicas nocivas não especificadas (5.104) representam as principais causas de intoxicação.
Em seguida, aparecem os envenenamentos por exposição a analgésicos e medicamentos para dor, febre e inflamação (2.225 casos), seguidos por episódios envolvendo pesticidas (1.830), álcool por causas não determinadas (1.954) e anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941).
A distribuição geográfica mostra que os incidentes de envenenamento ocorrem em todas as regiões do Brasil, com maior concentração nas áreas mais populosas. A região Sudeste concentra quase metade de todos os casos registrados, com mais de 19 mil ocorrências em dez anos. São Paulo lidera sozinho, com 10.161 registros, seguido por Minas Gerais, com 6.154.
Os dados também trazem informações sobre o perfil das vítimas. A maioria dos casos envolve homens (23.796 registros). Quanto à faixa etária, os adultos jovens de 20 a 29 anos se destacam, com 7.313 registros, seguidos por crianças de 1 a 4 anos, com 7.204 registros.
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