Na região Sudoeste não ocorrem muitos acidentes envolvendo máquinas agrícolas – tratores, colheitadeiras e máquinas de distribuição de químicos nas lavouras. Mas o capitão da Polícia Rodoviária Alan Mori manifestou sua preocupação com as estradas rurais que estão recebendo pavimentação asfáltica. Ele participou da reunião mensal da Associação dos Secretários Municipais de Agricultura e Meio Ambiente (Assema), realizada dia 28 de agosto em Francisco Beltrão.
É que essas vias não são largas e há motoristas que transitam em alta velocidade. Por outro lado, a pavimentação asfáltica é um sonho de muitas famílias do interior e das autoridades políticas. Nos últimos anos, vários municípios da região investiram em pavimentação asfáltica por meio de convênios com os governos estadual e federal.
Mas o capitão Mori ressalta que “a nossa realidade aqui não é de muitos sinistros com esse tipo de veículo, porém infelizmente quando ocorre, muitas vezes a gente constata situações graves, incluindo o óbito, então é uma preocupação constante pra evitar esse tipo de sinistro e o objetivo, inclusive hoje de manhã [na reunião com os secretários de Agricultura] foi isso, trazer conhecimentos às lideranças aqui para que levem essa informação a quem está lá na ponta, a quem está produzindo, para que possa estar somando com a questão de segurança viária; a gente sempre gosta de destacar que o trânsito é responsabilidade de todos, então todos têm que fazer a sua parte”.
O sonho dos prefeitos
Nas décadas de 1980 e 1990, o sonho dos prefeitos e produtores rurais era a chegada do calçamento com pedras. Agora, há programas e parcerias para levar o asfalto às estradas vicinais. Junto veio a preocupação da Polícia Rodoviária. “Com certeza, isso é algo que nos preocupa, porque com o asfalto a tendência é que alguns motoristas acabem abusando um pouco da velocidade por facilitar a circulação do veículo sobre aquele pavimento, porém, por se tratar de vias rurais, muitas vezes elas não deixam de ser perigosas e acabam potencializando o risco pelo aumento da velocidade, então nosso trabalho aqui é alertar, inclusive, os secretários para que em seus municípios façam trabalho junto com os órgãos de trânsito no sentido de, junto com esse asfalto, preparar bem uma sinalização viária adequada com bastante alerta, com bastantes redutores para evitar esse excesso da velocidade nas vias rurais.”
É que nestas vias também transitam máquinas agrícolas, como tratores, máquinas colheitadeiras e pulverizadoras, que desenvolvem baixa velocidade.
Eduardo Balbinotti, presidente da Assema, também externou sua preocupação com as novas estradas. “Hoje em dia o governo está disponibilizando bastante verba pra pavimentação asfáltica e nisso a velocidade dos motoristas é automática, tem uma estrada boa o cara vai andar bem mais, por isso tem que investir bastante em sinalização, porque trechos do interior não têm uma abertura total como uma BR, um espaço, curvas mais fechadas, é mais difícil de transitar.”
Com informações Jornal de Beltrão