O mais recente levantamento do IBGE, indica que a dinâmica populacional entre Pato Branco e Francisco Beltrão deve passar por mudanças significativas nos próximos anos. Segundo a estimativa para 2025, Francisco Beltrão deve alcançar 102.312 habitantes, mantendo-se como a cidade mais populosa da região. Já Pato Branco deve chegar a 97.821 moradores.
Apesar da atual vantagem beltronense, projeções de longo prazo realizadas pelo Ipardes apontam uma inversão desse cenário até 2050. De acordo com os dados, Pato Branco pode atingir 131.740 habitantes, ultrapassando Francisco Beltrão, cuja população projetada para o mesmo ano é de 127.417 residentes.
O gráfico apresentado evidencia o crescimento consistente de ambas as cidades desde 1960, com curvas populacionais semelhantes e ritmo acelerado especialmente a partir dos anos 2000. Ainda assim, as tendências indicam que Pato Branco deve assumir a liderança regional nas próximas décadas, impulsionada por fatores que podem incluir expansão urbana, desenvolvimento econômico e atração de novos moradores.
Caso as projeções se confirmem, o Sudoeste do Paraná vivenciará uma nova configuração demográfica, reforçando a importância de planejamento urbano e políticas públicas capazes de acompanhar esse avanço populacional.
População acima de 60 anos será maior que o número de jovens pela primeira vez
As projeções populacionais também reforçam um ponto de atenção cada vez mais urgente no Paraná e em cidades como Pato Branco: o rápido envelhecimento da população. Tendências demográficas apontam que, nas próximas décadas, o número de pessoas acima de 60 anos deve ultrapassar o de crianças e jovens, alterando profundamente a estrutura etária do estado. Esse fenômeno, já observado em várias regiões do país, exige uma reorganização consistente das políticas públicas.
Para municípios em crescimento, como Pato Branco, esse cenário significa preparar-se para uma nova realidade social. O aumento da população idosa demanda investimentos ampliados em saúde preventiva, cuidados continuados, mobilidade urbana acessível e adaptações nos serviços públicos. Além disso, políticas de habitação, lazer, segurança e tecnologia assistiva precisarão ser reforçadas para garantir qualidade de vida a essa parcela crescente da população.
Ao mesmo tempo, o envelhecimento populacional coloca desafios para a economia local, como a redução gradual da força de trabalho jovem e a necessidade de estratégias que promovam maior produtividade, retenção de talentos e incentivo ao empreendedorismo. O planejamento de médio e longo prazo será essencial para equilibrar desenvolvimento econômico e bem-estar social.
Nesse contexto, tanto Pato Branco quanto o Paraná como um todo enfrentam a responsabilidade de antecipar soluções. A projeção de crescimento populacional associada ao envelhecimento da sociedade indica que o futuro exigirá políticas públicas mais integradas, sensíveis às novas demandas e capazes de garantir que o avanço demográfico se traduza em qualidade de vida para todas as gerações.
JdeB