A honraria, uma iniciativa da vereadora Mara Fornazari Urbano, Procuradora das Mulheres, e do vereador Marcos Folador, Procurador da Juventude, foi aprovada unanimemente. O reconhecimento foi entregue à Dra. Carolina Panis, coordenadora de projetos e orientadora do laboratório, acompanhada do oncologista Dr. Daniel Rech, do CEONC.
Criado em 2014, junto com o curso de Medicina da Unioeste, o LBT investiga e soluciona problemas de saúde específicos da região Sudoeste, onde a incidência de câncer de mama é 30% superior à média nacional. O laboratório atua em parceria com hospitais, centros de referência como o CEONC e o INCA, além de integrar estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e profissionais da saúde.
O LBT se tornou referência em coleta e análise de material biológico, mapeamento genético e epidemiológico, criação de bancos de dados clínicos e pesquisas sobre fatores ambientais, genéticos e ocupacionais, incluindo o impacto de agrotóxicos na saúde de mulheres agricultoras. Com apoio da Itaipu Binacional, o laboratório adquiriu tecnologia avançada, como um espectrômetro de massa capaz de analisar mais de 400 tipos de resíduos de agrotóxicos, com investimentos superiores a R$ 2,6 milhões.
O projeto principal do laboratório, "Mapeamento do câncer de mama familiar no Sudoeste e associação de risco com agrotóxicos", analisou mais de 4 mil mulheres, identificando que as agricultoras expostas a pesticidas têm 32% mais risco de desenvolver câncer de mama e 52% mais chance de metástases. Além disso, os estudos apontam que o perfil biológico do câncer é mais agressivo entre as agricultoras.
O LBT também desenvolve pesquisas sobre prevenção, diagnóstico precoce, genética populacional, integra programas de pós-graduação e já foi destaque em revistas internacionais, como a The Lancet. Os resultados impactam políticas de saúde pública, protocolos médicos e promovem formação de novos cientistas, capacitação de profissionais e ações educativas junto à comunidade, oferecendo diagnóstico precoce, aconselhamento genético e apoio psicológico.
"O LBT não é apenas um centro de pesquisa, é referência de inovação, impacto social e compromisso público com a vida. Seu trabalho traduz-se em avanços científicos, formação de excelência, criação de políticas e esperança concreta para milhares de famílias", enfatizam Mara Fornazari Urbano e Marcos Folador, destacando o laboratório como exemplo de excelência da universidade pública brasileira, colocando Francisco Beltrão no cenário nacional e internacional da pesquisa sobre câncer de mama.
ASCOM