O presidente Lula (PT) fez um pronunciamento neste sábado (6) em rede nacional de rádio e TV por ocasião do 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Na gravação de mais de cinco minutos, ele criticou “traidores da pátria”, sem citar nomes, destacou a soberania nacional e defendeu o Pix.
— Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la. É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A história não os perdoará — declarou.
A expressão “traidor da pátria” já havia sido usada por Lula para se referir ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante discurso em uma reunião ministerial, em 26 de agosto. Isso porque o filho do presidente está desde março nos EUA, onde articula com autoridades locais medidas para interferir no julgamento do pai, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.
Defesa da soberania e do Pix
No pronunciamento, Lula também destacou a soberania nacional, relembrando que o 7 de setembro marca o momento em que “deixamos de ser colônia”.
— Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazer de governar e cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordem de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro.
O presidente fez uma defesa do Pix, que chegou a ser citado pelo governo americano como um dos motivos para o tarifaço. Sem mencionar o governo americano, o presidente brasileiro disse que defenderá o PIX de “qualquer tentativa de privatização” e que as redes sociais não estão “acima da lei”.
— O Pix é do Brasil, é público, é gratuito e vai continuar assim. […] As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discursos de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres.
NSC