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Mãe de paranaense desaparecido na Ucrânia faz apelo por ajuda: “Só quero uma resposta”

“É muito angustiante, meu Deus. Eu só quero ajuda. Se ele não está vivo, que tragam o corpo. Eu não sei mais o que fazer, para onde procurar.”

Mãe de paranaense desaparecido na Ucrânia faz apelo por ajuda: “Só quero uma resposta”
Foto: Reprodução Rádio Ampere | Maria de Lourdes Vargas, mãe do rapaz que foi lutar na guerra da Ucrânia

A angústia de uma mãe paranaense ganhou repercussão nesta semana com o desaparecimento de Vagner Vargas, de 30 anos, morador de Ampére, que viajou para a Ucrânia no início de junho como voluntário de guerra e não dá notícias desde o dia 11 do mesmo mês. Em entrevista ao jornalista Júlio César Alves, das rádios Ampére e Interativa FM, a mãe do combatente, Maria de Lourdes Vargas, relatou o drama vivido pela família e fez um apelo emocionado às autoridades brasileiras.

“É muito angustiante, meu Deus. Eu só quero ajuda. Se ele não está vivo, que tragam o corpo. Eu não sei mais o que fazer, para onde procurar.”

Segundo Maria, Vagner era seu filho mais velho e sempre demonstrou o desejo de participar de um conflito internacional. “Ele dizia que era um sonho. Que queria fazer isso antes de ficar mais velho. Eu pedi para ele não ir, mas ele insistiu. Ele veio para cá e eu pensei que até o último dia ele iria desistir, eu tinha fé que ele desistisse, mas ele não desistiu.”

O jovem embarcou para a Ucrânia após se inscrever como voluntário enquanto morava no Rio Grande do Sul. Deixou Ampére no início de março e viajou até Cascavel, de onde seguiu de avião. “Ele ficou aqui em casa antes de ir. Arrumou a casa, comprou umas coisas para mim, disse que ia dar tudo certo e que voltaria bem”, lembra a mãe.

Durante os primeiros meses no país europeu, Vagner mantinha contato diário com a família. “Todo dia, por volta das seis da manhã, ele mandava mensagem de bom dia. Sempre dizia que estava bem, que era para não me preocupar. Falava que ia ficar uns seis meses lá e depois voltaria.”

A última mensagem foi recebida no dia 11 de junho. “Ele avisou que ficaria alguns dias sem celular e que logo mandaria notícias. Mas nunca mais respondeu. Eu até falei, meu Deus, esse piá não me responde, daí quando foi no dia 27 eles me ligaram que ele estava desaparecido.”

A ligação, segundo ela, veio da Embaixada Brasileira em Brasília. Desde então, a família tenta, sem sucesso, obter informações oficiais. “Mando e-mails para a embaixada, mas eles não respondem. Falam que vão retornar só para o meu e-mail, mas nunca mandam nada. A gente fica sem saber o que fazer.”

Maria também recebeu uma mensagem de uma suposta médica que estaria na Ucrânia, dizendo que Vagner não teria sobrevivido. “Mas até agora, nada foi confirmado. Eu só quero uma resposta oficial. Se ele está vivo ou se está morto. Eu preciso saber. E se ele não está mais vivo, quero trazer o corpo para poder ter um pouco de paz.”

A mãe afirma estar recebendo ajuda de amigos, colegas de trabalho e moradores da cidade. “Graças a Deus, estão me ajudando. Porque eu nem sei por onde começar. Estou perdida. Quero pedir às autoridades que me ajudem a conseguir alguma informação, a trazer ele de volta. É a pior dor que uma mãe pode sentir, ter um filho longe e não conseguir fazer nada por ele.”

JdeB

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