O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou um alerta importante nesta semana após receber diversas solicitações e denúncias de moradores que avistaram onças algumas acompanhadas de filhotes circulando em áreas rurais da região Sudoeste do Paraná.
Segundo o órgão ambiental, o aumento desses registros está diretamente ligado à diminuição dos habitats naturais. O desmatamento reduz o território desses grandes felinos, obrigando-os a se deslocar e, eventualmente, aparecer em propriedades rurais em busca de passagem ou alimento.
O IAT reforça que, em caso de avistamento ou percepção de rastros das onças, especialmente no fim da tarde, os moradores podem utilizar rojões para produzir barulho e afastar o animal da área. O método também pode ajudar a proteger rebanhos de ataques de predadores.
Apesar da preocupação de alguns moradores, o órgão esclarece que ataques de onças a seres humanos são extremamente raros. Entretanto, se o encontro for inevitável, a orientação é fazer muito barulho e levantar os braços ou objetos que estiverem à mão para parecer maior e, assim, espantar o animal.
O Instituto também ressalta que capturar, ferir ou matar onças e filhotes é crime ambiental grave. Quem cometer esse tipo de ação será identificado e responsabilizado conforme a legislação vigente.
O Escritório Regional do IAT em Francisco Beltrão está monitorando a situação, que abrange municípios desde Capanema e Pranchita até a área beltronense. O órgão pede que qualquer avistamento seja informado imediatamente para acompanhamento e registro.
Por fim, o IAT lembra que onças assim como outros felinos silvestres somente atacam animais domésticos quando seu habitat natural está degradado e o alimento escasseia. Por isso, reforça a importância de denunciar práticas de caça ilegal e preservar o meio ambiente.
O comunicado é assinado por Zellio Casa, chefe regional do IAT em Francisco Beltrão, e pela engenheira florestal Juliane Nesi.
Portal de Beltrão com informações de RBJ