Um vídeo do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, tem gerado repercussão entre os internautas brasileiros. Durante seu discurso em uma feira de varejistas, Merz elogiou a Alemanha, fazendo um contraponto com a sua viagem à Belém para a COP30 (30ª Conferência do Clima das Nações Unidas).
“Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Na semana passada, perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil: ‘Quem quer ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão”, afirmou o chanceler.
Ele apontou o alívio de outros alemães ao irem embora do Brasil: “Todos ficaram felizes por termos voltado para a Alemanha na noite de sexta, principalmente por termos saído daquele lugar que estávamos”.
A fala foi usada pelo chanceler para reforçar a superioridade da Alemanha em relação à infraestrutura e à qualidade de vida. Merz não detalhou os compromissos climáticos firmados na COP30, mas o país demonstrou que deve apoiar o fundo florestal lançado em Belém.
Em seu perfil no Instagram, Merz agradeceu a hospitalidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que espera vê-lo em breve na Alemanha.
Reações dos brasileiros na web
A fala de Friedrich sobre o Brasil gerou polêmica entre os internautas.
Alguns usuários do X (antigo Twitter) demonstraram concordar com a declaração do chanceler. “Ele não está errado, e isso é o que mais dói. A infraestrutura brasileira é um escândalo histórico: um país rico tratado como uma nação falida”, disse um comentário.
“Eu só não vou embora daqui porque não tenho dinheiro pra sair desse lugar, eles fizeram certo, se tiverem amor a vida nunca vão voltar aqui”, afirmou outro comentário.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro também se manifestou sobre o vídeo: “Mas não falaram que Lula é um líder mundial?”.
Por outro lado, algumas pessoas ficaram revoltadas com a fala do chanceler alemão. Um internauta disse: “Um chanceler não pode falar isso, muito mais em público, ele foi convidado, não tem o direito e soa como ofensa”.
Outro afirmou: “Ele desclassificou o Brasil. Essa é a notícia – o classismo, xenofobia e racismo do chanceler”.