Até o final deste ano não tem como esperar uma redução de taxa básica de juros — Selic —, que está em 15% ao ano. Para o ano que vem, não há expectativa de redução da taxa. As informações são do professor Claudemir de Souza, da Unipar, em sua coluna semanal na Rádio Educadora. Para o próximo ano há uma expectativa de queda para 13%.
Em setembro, o Conselho de Política Econômica (Copom), do Banco Central, teve reunião e manteve a taxa em 15%.
Embora a taxa de inflação esteja caindo, continua difícil reduzir a taxa Selic a curto prazo. O juro alto acaba retraindo os negócios e brecando muitos novos investimentos privados e, por conseguinte, reduzindo a taxa de inflação.
Claudemir observa que essa “é a menor expectativa de crescimento dos últimos cinco anos. Mas ela é fruto do quê? Fruto, de fato, com o que o mercado já vem percebendo da desaceleração da economia e a gente vem sentindo no decorrer desse ano, no decorrer principalmente do início desse segundo semestre. Então essas são as expectativas, de fato a desaceleração quando chegou no final do primeiro trimestre desse ano, os economistas já começavam a falar que a economia tinha atingido o teto e ia experimentar uma desaceleração, em paralelo a isso o próprio tarifaço dos Estados Unidos, o tarifaço do governo Trump, que impôs tarifa de 50% sobre produtos de diversos segmentos brasileiros. Embora proporcionalmente ao volume que o Brasil vende para outros países, o impacto quando a gente compara ao crescimento da economia é pouco, mas também vem influenciando essa desaceleração na economia”.
JdB