A mãe do menino de 6 anos que morreu em um incêndio no fundo da casa em que ele morava com a família foi presa por suspeita de abandono de incapaz, segundo o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) de Londrina, no norte do estado.
O caso foi na quarta-feira (22), no Jardim União da Vitória, na Zona Sul.
Na quarta, a mãe da criança disse aos bombeiros que estava com o filho na casa de um amigo da família, que fica perto da residência deles.
Segundo ela, o menino pediu para ir pegar a bicicleta dele em casa, o que ela autorizou. Sozinho, o garoto foi até o cômodo dos fundos do imóvel. Depois disso, o incêndio começou. As causas ainda são desconhecidas.
Conforme apurado pela RPC, dentro do imóvel foi encontrado fezes, urina, roupa espalhada e comida estragada.
A suspeita da polícia é de que o menino teria saído de perto da mãe há mais de uma hora.
De acordo com o aspirante Giovanne Marcola, do Corpo de Bombeiros, a criança pode ter ficado presa no quarto. O local armazenava materiais altamente inflamáveis, como madeira e colchões.
"Ainda não sabemos a causa do incêndio, mas a mãe relatou que alguns curtos-circuitos já tinham acontecido no cômodo. Mas, para ter certeza, só com um laudo da perícia", informou Marcola.
Audiência de custódia
A mulher está detida na Cadeia Pública Feminina de Londrina.
A audiência de custódia está prevista para ser feita na manhã desta quinta-feira (23).
Vizinhos arrombaram a porta
Vizinhos se mobilizaram para tentar salvar criança de incêndio
O aposentado Sebastião Gonçalves, que mora ao lado da residência queimada, explicou que os vizinhos se mobilizaram para tentar apagar o incêndio assim que sentiram o cheiro de fumaça.
Foi necessário quebrar uma das portas para tentar resgatar a criança, mas ela já estava sem vida.
"O portão estava fechado, nós entramos e a porta do cômodo estava fechada. Gritamos pra ver se alguém estava lá dentro, mas ninguém respondeu. Todo mundo jogava água com balde, torneiro. O fogo já tinha consumido tudo. É uma cena muito triste", lamentou em entrevista à RPC.
