A Seleção Brasileira Feminina de Futsal está na Tailândia para o Championship Thailand 2025, torneio preparatório que marca a reta final da preparação para a primeira Copa do Mundo Feminina de Futsal da FIFA, que será disputada de 21 de novembro a 7 de dezembro, nas Filipinas. Nesta terça-feria (11), a equipe comandada por Wilson Sabóia realizou o segundo treino em Nakhon Ratchasima, onde enfrentará a Nova Zelândia, no dia 13, e a Tailândia, no dia 15.
A passagem pela Tailândia encerra um ciclo de preparação que começou em Lages (SC), em outubro, com dois amistosos contra a Nova Zelândia e vitórias por 9 a 0 e 10 a 0. Depois, o grupo teve um período de treinos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), entre os dias 2 e 7 de novembro, antes do embarque para a Tailândia. Luciléia, uma das mais experientes atletas da Amarelinha, destacou a importância dessa fase que antecede a primeira Copa do Mundo FIFA.
“A gente fez uma boa preparação lá no Brasil, primeiramente em Lages. Viemos de clubes diferentes, então nos primeiros dias tivemos um pouquinho mais de trabalho, até todo mundo entender o que os professores querem. Mas foi importante esse período. Chegamos na Granja, outro sonho, poder estar ali com o Mari. Já estávamos com as ideias mais claras, foi um período mais dinâmico. E agora aqui na Tailândia, tentar colocar em prática tudo, aprimorar para chegar nas Filipinas a 100%, pra poder dar o máximo com essa camisa do Brasil”, destacou.
Com 42 anos, Luciléia é um dos principais nomes do futsal brasileiro. Desde 2012 atua na Itália, onde construiu uma carreira vitoriosa. Passou por clubes como Sinnai, Lazio Calcio a 5, Olimpus Roma, Ternana, Futsal Pescara e está há cinco temporadas no Bitonto. Pela Seleção Brasileira, soma um currículo impressionante: foi campeã em todas as seis edições do Torneio Mundial de Futsal Feminino (2010 a 2015), competições não oficiais, e conquistou sete títulos da Copa América. Na última edição continental, ajudou o Brasil a garantir a vaga no mundial.
“Eu tentei focar muito para estar nesse Mundial, trabalhei no meu máximo no clube. A expectativa era muito grande, porque a concorrência também era. Estar aqui é um sonho, um sonho de criança, representar o meu país. Já joguei alguns torneios mundiais, mas nenhum era oficial. Então esse pra mim vai ter um gostinho especial.”
A veterana relembra com emoção o momento da convocação que ela acompanhou pela CBFTV. “A ansiedade era enorme porque a expectativa também era. Tentei ficar sozinha, esperando sair meu nome. Quando saiu, foi uma alegria imensa. Chorei bastante e liguei pra minha família pra dividir esse momento especial.”
Após os amistosos na Tailândia, a Seleção embarca no dia 19 de novembro para as Filipinas, onde enfrentará Irã, Itália e Panamá pelo Grupo D da edição inaugural da Copa do Mundo feminina da FIFA. Um desafio inédito e uma grande responsabilidade de representar o Brasil na primeira edição oficial da competição. Nakhon Ratchasim
“O nível é muito alto, mas o foco tem que ser na nossa seleção, que é um grupo muito forte e experiente. A gente sabe da importância desse Mundial pra nossa modalidade, então é seguir crescendo a cada partida. A estreia vai ser muito emocionante, as emoções vão estar à flor da pele, mas acredito muito no potencial do grupo e tenho certeza de que vamos fazer um grande Mundial”, concluiu Luciléia.
LNF