A Comissão Central Organizadora (CCO) da Expovizinhos 2025 e a UTFPR se reuniram na última segunda-feira, 10, para definir as ações que vão tornar a feira “Carbono Zero”. A feira acontece entre os dias 26 e 30 de novembro. Todo o trabalho está sendo coordenado pela professora Taciara Zborowski Horst. “A gente fez uma análise com base em normativas nacionais e internacionais para avaliar a sustentabilidade da Expovizinhos. Isso envolve a parte ambiental, que talvez seja o que as pessoas mais conhecem, mas também as dimensões econômica, social e cultural — tudo aquilo que a feira faz para promover o bem-estar da população e a perpetuidade dos recursos, sejam eles humanos, financeiros ou ambientais. Quanto maior é o evento, maior é o impacto que ele traz na vida das pessoas e no ambiente, e procuramos analisar e observar todos esses aspectos para montar um plano de ação e de trabalho que compense tudo isso”, explicou.
Ela detalhou as ações que serão realizadas. “Vamos contemplar a quantificação da emissão de gases de efeito estufa no evento, já que temos um público estimado entre 120 e 150 mil pessoas. Essas pessoas precisam se deslocar, sair de suas residências e ir até o parque e, para isso, vão utilizar combustíveis, na maioria, fósseis, com os veículos emitindo gases na atmosfera. Temos também o consumo de energia, de água, e tudo isso será usado para quantificar aproximadamente as emissões. A partir disso, vamos propor uma ação em parceria com o Nurse da Acedv/CDL, com a Secretaria do Meio Ambiente, e, aqui na UTFPR, vamos produzir mudas de árvores nativas para recuperar algumas áreas do Rio Jirau, dentro do Projeto Jirau Mais Vivo. Essas árvores, no seu crescimento, vão absorver todo o carbono emitido durante a feira”, completou.
Com essas ações, a Expovizinhos 2025 não terá emissão líquida de carbono. “Isso significa que o evento será realizado sem aumentar a concentração de gases na atmosfera, que é o que causa o aquecimento global e é, inclusive, um dos precursores desses eventos climáticos catastróficos que têm acontecido com mais frequência. Eles sempre existiram, mas a intensidade e a frequência aumentam à medida que há mais gases na atmosfera. A ideia é tornar a feira cada vez mais sustentável. Além disso, essa atividade de recuperação vai durar dois anos; então, até a próxima edição, já teremos essa área do Jirau recuperada. Se tudo der certo, seguiremos com essa parceria e, quanto mais feiras realizarmos, melhor será o aspecto ambiental da nossa cidade”, concluiu.
Ele informou que 75% dos trabalhos já estão concluídos. “A parte mais bruta, mais pesada, já foi concluída — que é essa parte de redes, de escoamento, de troca de coberturas e reformas de banheiros. Enfim, esses serviços estão bem adiantados. Acredito que devam ser finalizados até o dia 15, e aí fica só a parte final de embelezamento para os últimos dias”, acrescenta.
Estandes
Tega destaca que, a partir da próxima semana, deve iniciar a montagem dos estandes. “No início da semana vamos lavar os pavilhões, demarcar e começar a montagem dos estandes a partir de quarta-feira, 12. Também vamos demarcar os lotes externos, e cada expositor poderá iniciar a montagem dos seus estandes”, completou. Nos próximos dias, também começam os trabalhos de embelezamento.
Tega pediu para que as pessoas evitem utilizar o Parque de Exposições neste momento. “Pedimos para que os curiosos evitem ir ao parque agora, até porque há bastante movimentação de máquinas e pessoal trabalhando, o que gera risco de acidentes. Vamos aguardar, nos concentrar e nos preparar para ir no dia da abertura, que será de portas abertas e deve receber um grande público”, concluiu.
Ascom