O duelo marca o reencontro do time gaúcho com Paolo Guerrero. Em novo estágio da carreira, o peruano deve começar como titular na equipe catarinense após passagem controversa pelo Beira-Rio. Guerrero chegou ao Inter em 2018 como principal reforço recente. Para contar com ele, a direção da época admitiu fazer um 'esforço além da conta' e contou com parceiros para arcar com os elevados pagamentos ao jogador, que tinha jogado a Copa do Mundo pela seleção peruana.
O centroavante estava no Flamengo, clube pelo qual tinha conseguido uma liberação da suspensão por doping imposta ainda antes do Mundial. No Brasil, sua trajetória tinha sido de brilho pelo Corinthians, onde entrou para história com o gol da conquista do Mundial de Clubes de 2012, contra o Chelsea. Mas a empolgação que gerou festa e recepção de ídolo na chegada ao Sul durou pouco. Guerrero viu retomada a pena por doping e só conseguiu estrear pelo Colorado no ano seguinte. E, então, duas formas de analisar a passagem vestindo vermelho podem ser feitas.
Quem quiser ver o copo meio cheio, perceberá que Paolo foi artilheiro do Colorado logo em sua primeira temporada, com 20 gols em 41 partidas. Era destaque do time vice-campeão da Copa do Brasil e que chegou até as quartas de final da Libertadores.
Em 2020, até se lesionar, repetia o faro goleador. Foram dez gols em 15 partidas até o infortúnio ocorrido diante do Fluminense, em agosto.
Mas também tem quem prefira enxergar o recipiente parcialmente vazio, e terá sólidos argumentos para isso. A passagem de Guerrero pelo Inter foi marcada por nenhum gol ou vitória em clássicos contra o Grêmio. Mais do que isso, o atacante era cobrado por não ser protagonista em momentos decisivos. Seja na final da Copa do Brasil, nas quartas da Libertadores, ou mesmo em decisões no Estadual, ele não marcou presença no placar ou foi peça importante da equipe.
O sonho de ter um pilar para retomada das grandes conquistas acabou frustrado, e o fim do período no Rio Grande do Sul foi melancólico.
Fonte: UOL
