Diego Aguirre voltará a comandar o Inter no Beira-Rio depois de mais de 2 mil dias nesta quarta-feira, às 19h, contra o Palmeiras, pela 8ª rodada do Brasileirão. O treinador faz a sua reestreia em casa naquele que é apenas o terceiro jogo no comando da equipe. Mas o técnico já carrega à beira do campo um fardo que vem dos dias que antecederam a chegada ao clube.
Sob o comando do uruguaio há pouco mais de uma semana, o Colorado tenta encerrar um jejum que ultrapassa os 50 dias sem uma vitória em casa. São exatos 53 dias e seis partidas em que o Inter não conseguiu vencer no Beira-Rio.
A última vitória ocorreu em 16 de maio deste ano, na goleada por 4 a 1 sobre o Juventude, pelo jogo da volta da semifinal do Gauchão. Desde então, são três derrotas e três empates como mandante (veja a lista de jogos abaixo).
A série é tão longa - e incômoda - que o Inter já repete o maior jejum de partidas sem vencer no Beira-Rio que a equipe alcançou em 2016. No ano do rebaixamento ao Brasileirão, também foram seis jogos de seca.
E caso não vença o Palmeiras, o Colorado igualará a marca de sete partidas sem vitória, registrada na Copa João Havelange, em 2000. À época, foram duas derrotas e cinco empates em sequência.
A série sem vitórias do Inter no Beira-Rio:
Inter 1 x 2 Grêmio - Gauchão
Inter 0 x 0 Always Ready - Libertadores
Inter 2 x 2 Sport - Brasileirão
Inter 1 x 3 Vitória - Copa do Brasil
Inter 0 x 1 Atlético-MG - Brasileirão
Inter 1 x 1 Ceará - Brasileirão
A estreia de Aguirre em casa
Aguirre comanda a equipe no Beira-Rio pela primeira vez, mas ele já esteve presente na última partida, quando assistiu do camarote ao empate em 1 a 1 com o Ceará, pela 5ª rodada do Brasileirão.
Ao lado do auxiliar Jorge Verzeri e do preparador físico Fernando Piñatares, o treinador viu uma má atuação da equipe, envolvida pelo adversário e sem conseguir construir lances de perigo. O gol, de Edenílson, veio só de pênalti.
No dia seguinte, Aguirre foi apresentado e disse logo de cara que pretende resgatar a "identidade" do Inter com um estilo de jogo agressivo, de construção mais direta e de intensidade para pressionar a saída de bola adversária. Desde então teve pouco tempo para implementar estas mudanças.
Foram dois jogos e apenas seis sessões de treinos, das quais duas com titulares em trabalhos regenerativos. O Colorado já conseguiu mostrar um pouco do toque do treinador. Os gols marcados na vitória por 2 a 1 sobre a Chapecoense e no empate em 1 a 1 com o América surgiram de roubadas de bola, seguidas de uma construção rápida, buscando o gol.
Mas o próprio Aguirre admite que levará tempo para implementar seu estilo e que fará mudanças aos poucos, por ter pouco espaço para treinos. E também por ter erros a corrigir como prioridade. Caso da bola aérea defensiva, principal dificuldade da equipe.
Nos próximos 10 dias, o Colorado terá uma sequência pesada de quatro jogos. São duelos com Palmeiras, Corinthians (fora) e São Paulo (casa), seguidos do Gre-Nal na Arena. Depois, o jogo de ida contra o Olimpia, pelas oitavas de final da Libertadores.
O treinador tem noção do desafio e do caráter decisivo desta sequência para a recuperação da equipe na temporada. E deve manter o planejamento de preservações a cada partida para que a equipe não perca intensidade e também não corra "riscos desnecessários".
Fonte: GE