Pode-se falar tudo desta seleção venezuelana, menos que ela se entrega às dificuldades. Com 13 desfalques por Covid-19, a Vinotinto saiu atrás duas vezes do Equador no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, mas acreditou até o fim e chegou ao empate nos acréscimos. O lateral-direito Martínez saiu do banco para ser o herói do jogo. Um 2 a 2 que tem sabor de vitória para a Venezuela.
O Equador tomou a iniciativa da partida. Foi mais agressivo e ocupou o campo de ataque - que a Venezuela ofereceu por estratégia. Queria fechar-se em sua defesa, atrair o adversário e tentar o contra-ataque. De forma até certo ponto surpreendente, a Vinotinto, mesmo com todos os desfalques que um surto de Covid-19 lhe causou, estava bem organizada. O Equador teve pouquíssimas chances e enormes dificuldades para penetrar.
A bola parada, no entanto, traiu a falta de entrosamento da Venezuela. Em cobrança de falta lateral, o Equador rompeu o ferrolho da Vinotinto e abriu o placar com Preciado.
Atrás no placar, a Venezuela abandonou a postura conservadora. Marcou mais em cima, liberou os laterais... e conseguiu melhorar. A ponto de empatar o jogo, com Castillo. Mas aí a Vinotinto caiu na armadilha. Decidiu se manter no campo de ataque e deu espaço para o contra-golpe. Num desses, Plata, que entrara havia poucos minutos, disparou em altíssima velocidade, atravessou o campo inteiro e marcou o segundo do Equador.
Jogo resolvido? Que nada. A Venezuela foi brava e conseguiu chegar ao empate no finalzinho.
Com o empate, Venezuela e Equador mantêm-se onde estão na classificação do grupo B. A Vinotinto, com dois pontos, é a terceira colocada. La Tri, com um, está na quarta posição. Ambas ainda podem ser ultrapassadas pelo Peru, que joga logo mais contra a vice-líder Colômbia. Na ponta da tabela, o Brasil descansa nesta rodada.
A Venezuela folga na quarta rodada. Volta a campo apenas no próximo domingo, quando enfrenta, no Mané Garricha e de novo às 18h, o Peru. O Equador joga antes. Pega também o Peru, às 18h da quarta-feira, no estádio Olímpico de Goiânia.
Fonte: GE