Apresentação da profissional
“Meu nome é Vanessa Verdi, sou natural de Curitiba, estou há 9 anos aqui em Francisco Beltrão. E sou consultora de amamentação. Eu cheguei aqui atuando como professora de Yoga para gestantes.
Nesse período, eu contei como foram as experiências de parto para as minhas alunas e também as minhas experiências em relação a amamentação e tudo mais. E foi nesse momento que as minhas alunas começaram a pedir para que eu me tornasse doula delas.”
O que é doula?
“Doula é uma acompanhante profissional de parto e nós não temos responsabilidade técnica em relação aos batimentos cardíacos do bebê e questões de cuidados médicos com a mãe. Nós damos suporte para a educação perinatal. Preparamos a mulher para que ela saiba como o corpo dela vai funcionar, desde o momento que ela entra em trabalho de parto, como que funciona os mecanismos do parto e o pós parto.
Inclusive as doulas também ajudam na amamentação nessa primeira hora de vida, visto que é tão importante e é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As doulas também acompanham essa mulher nesse preparo, tanto educacional quanto emocional. A partir do momento que a gente entende o que vai acontecer, a gente se sente muito mais segura do que quando a gente não sabe o que é.
Então, independente se vai ser um parto normal ou se vai ser uma cesária, a doula pode contribuir muito na preparação dessa família, para esse momento tão importante que é o nascimento. Independente da maneira que esse bebê veio ao mundo, o mais importante é a gente ter foco e perspectiva nesse nascimento.”
Como você se tornou consultora em amamentação?
“Quando eu me tornei doula, surgiu a necessidade de também me aprofundar mais no conhecimento da amamentação, porque na minha formação de doula, eu tive um geral, como os cuidados iniciais em relação a amamentação, a descida do leite. Mas faltava um pouco mais, visto que algumas questões, eu tinha certa dificuldade, mas que precisava um pouco mais de conhecimento.
E foi aí que eu fiz a formação para me tornar treinadora, preparadora daquela família para a amamentação, intervindo também nos meios para que eu estivesse auxiliando aquela família no sucesso daquela amamentação.”
Você têm outras formações?
“Junto com esse processo, foram surgindo outros cursos, outras formações, em que eu sempre fui focando nesse binômio mãe e bebê. Então, dentro desse contexto, eu também fiz formações nas áreas terapêuticas, lidando com terapias integrativas voltadas para o binômio, porque muitas vezes eu via que toda técnica, a questão da fisiologia, do encaixe do bebê e mãe, já não era suficiente.
Eu precisava também entender um pouco mais sobre o funcionamento da mente. Assim como o parto acontece muito mais de forma emocional, que o nosso cérebro pode atrapalhar ou ajudar, isso também acontece em relação a amamentação.
Então, eu fui fazendo formações nesse caminho do entendimento emocional de suporte e apoio. Então dentro desse movimento da ação, eu busco de uma forma mais integrativa, olhar para a base, para quando a mãe era um bebê, o que ela viveu.
Para isso, eu tenho uma formação que é a origem da vida, que a gente vai olhar lá no fundo o que essa mãe viveu e o que ela está trazendo agora no momento em que ela se torna mãe. E assim, a gente consegue ter um olhar muito mais aprofundado.”
Qual a importância da psicologia nesse processo?
“Também sou estudante de psicologia, buscando trazer um novo olhar, dentro da amamentação, desse foco da psicologia pré natal e perinatal, que é tão importante. A gente sabe que isso vai interferir não só no sucesso da amamentação, mas no sucesso daquele vínculo inicial, como para a vida inteira, daquele serzinho que está chegando aqui. E para essa mãe também, para ela conseguir viver essa fase tão especial da vida dela, de forma plena e completa, entregue mesmo a essa experiência tão especial que é ser mãe.”
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