O governo da Argentina estendeu a restrição de circulação na fronteira terrestre do país com o Brasil. Inicialmente programada para durar até 6 de agosto, o fechamento foi prorrogado até pelo menos 1º de outubro. O decreto foi publicado no Diário Oficial da Argentina da última sexta-feira (06).
O decreto ressalva que "operadores de transporte", como caminhoneiros, são considerados exceções para esse fechamento. Eles estão autorizados a atravessar a fronteira, desde que apresentem um teste com diagnóstico negativo para a Covid-19 feito até sete dias antes. Caberá ao Ministério da Saúde argentino determinar os pontos de entrada do país e trajetos a serem seguidos.
A justificativa dada pelo governo do presidente Alberto Fernández para a medida foi o agravamento da pandemia provocado pelas variantes. As diferentes cepas do coronavírus já são responsáveis por mais de 65% dos casos nas regiões Sul, Centro e Cuyo (centro-oeste) na Argentina.
Uma análise genômica feita pelas autoridades de Saúde do país identificaram ao menos seis variantes da Covid-19 em circulação - entre elas, a P1, identificada primeiramente em Manaus, e a P2, originária do Rio de Janeiro.
A Argentina também já identificou dois casos da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia. As infecções não estavam ligadas à transmissão comunitária, mas às pessoas que viajaram para outros países.
De acordo com o painel Our World in Data, apenas 18,9% da população argentina já está completamente vacinada contra a Covid-19. A campanha de vacinação do país utiliza os imunizantes da AstraZeneca, Sputnik V e Sinopharm.
Com informações CNN/Portal São Miguel
