Há oito anos, um crime grave mudou a rotina de Leandro Barbosa, então com 36 anos. Ele foi vítima de uma agressão com golpes de enxada desferidos pelo próprio genro, após tentar intervir em uma discussão familiar. Desde então, Leandro vive em estado paliativo, completamente dependente de cuidados constantes.
Leandro levava uma vida normal. Trabalhava como pedreiro, era casado e tinha três filhos: uma filha mais velha e dois filhos menores. Tudo mudou em setembro de 2017, quando o genro se irritou com a tentativa de Leandro de apaziguar uma briga entre o casal. O agressor, que morava com a família, usou uma enxada para feri-lo na cabeça. Apesar de gravemente ferido, Leandro conseguiu sobreviver, mas ficou com sequelas por causa da perda de massa encefálica do lado esquerdo do cérebro. Ele perdeu a fala, os movimentos e, desde então, permanece acamado.
Hoje, quem cuida dele é Mônica, cunhada de Leandro, que abriu mão do trabalho há cerca de oito meses, quando o quadro de saúde dele piorou. “Até então eu conseguia trabalhar, mas ele começou a ter sangramentos, hemorragias internas. Precisa de cuidado 24 horas por dia, com aspiração da traqueia, troca de fraldas e curativos.”
Mônica diz que o quadro de Leandro é grave. Os médicos explicaram a ela que o corpo começou a dar sinais de falência em alguns órgãos. “Ele tem 14 feridas pelo corpo, usa cinco fraldas por troca, três vezes ao dia. Precisa de colchão de ar, óleo de girassol para a pele, cobertores e roupas limpas o tempo todo. E tudo isso custa muito mais do que o que a gente ganha”, desabafa Mônica. A família sobrevive com o salário mínimo repassado por um benefício assistencial e com ajuda de doações. Mônica relata que a ex-esposa de Leandro cuidou dele por cerca de seis meses, mas, diante das dificuldades, deixou a responsabilidade para a família do irmão, João Barboza Filho. Os filhos do casal também não participam dos cuidados.
A família pede ajuda
A família mora no Bairro Padre Ulrico. Mônica diz que a casa não oferece as condições ideais para os cuidados que Leandro precisa. Um dos objetivos agora é concluir um quarto adaptado para ele, com melhor ventilação e estrutura. Também há necessidade urgente de uma máquina de lavar específica para as roupas de Leandro, que, sob orientação médica, precisam ser higienizadas separadamente.
Quem quiser ajudar pode contribuir com roupa de cama, cobertores, fraldas noturnas, óleo de girassol, materiais de construção ou com qualquer valor via Pix: CPF 006.070.139-07 (João Barbosa Filho).
“Quem passa por aqui pode até achar que é fácil, mas só quem vive isso todos os dias sabe como é. A gente precisa de tudo. Mas o que mais peço é que Deus toque o coração das pessoas. Tudo o que ele tem hoje é graças a doações. E tudo o que um dia eu puder retribuir, vou retribuir”, diz Mônica.
Informações e contato: (46) 9 9975-1098
Informações Jornal de Beltrão